Agricultura orgânica - "A agricultura orgânica usa composto orgânico, por isso o nome. Nessa definição, orgânico é o que não é químico, e se a planta fica doente usa-se uma calda de fumo, algo menos agressivo, mas não é o ideal, porque se está doente, já está deficiente. Por isso, o orgânico já não basta" (Primavesi).
"A Agroecologia lida com a percepção de todos os componentes da vida. É um modo de produzir no qual você equilibra e harmoniza a vida. Há também o termo agricultura sustentável. Mas o sustentável tem vários aspectos: ecologicamente sustentável, economicamente sustentável, socialmente, culturalmente… e nem sempre se consegue ser sustentável em todos eles. A Agricultura Natural, que observa a natureza para tentar imitá-la em seus processos naturais, é a mais agroecológica dentre todas. (Ana Maria Primavesi. "Histórias de Vida e Agroecologia". Ed. Expressão Popular).
O início de tudo é o solo, que quando arruinado também significa o fim da água, dos animais e de toda a vida terrestre. Uma transição suave cria a possibilidade de todos participarem e lucrarem. (Primavesi).
O primeiro passo é a recuperação dos solos, especialmente pelo uso correto de suficiente matéria orgânica. Ninguém, nem na agricultura convencional nem na natural, pode trabalhar com solos decaídos, que evitam a penetração da água, que garante o caudal dos rios. E, mesmo sendo ferrenhos adeptos da agricultura convencional, ninguém pode sobreviver sem água. E sem solo recuperado e novamente vivo, a água acabará num futuro próximo.
A Agricultura Natural não vê fatores isolados, mas sempre considera o inteiro da natureza: os sistemas naturais, os ciclos vitais e a humanidade dentro destes sistemas. Ela almeja sua recuperação e manutenção. Com certeza, cada tipo de agricultura é uma agressão ao meio ambiente, mas esta pode ser mínima e pode ser catastrófica.
O início de tudo é o solo, que quando arruinado também significa o fim da água, dos animais e de toda a vida terrestre. Uma transição suave cria a possibilidade de todos participarem e lucrarem. (Primavesi).
O primeiro passo é a recuperação dos solos, especialmente pelo uso correto de suficiente matéria orgânica. Ninguém, nem na agricultura convencional nem na natural, pode trabalhar com solos decaídos, que evitam a penetração da água, que garante o caudal dos rios. E, mesmo sendo ferrenhos adeptos da agricultura convencional, ninguém pode sobreviver sem água. E sem solo recuperado e novamente vivo, a água acabará num futuro próximo.
O segundo passo são variedades adaptadas a solos e climas. Elas não somente são muito baratas, mas também produtivas, mesmo em condições pouco favoráveis. E como não necessitam de adubos químicos nem de irrigação, especialmente quando são protegidas por um “mulch” ou camada protetora, são mais saudáveis. Somente com solos sadios teremos plantas sadias. Plantas bem nutridas são sadias e não necessitam de defesa nenhuma. E o que é mais importante, elas fornecem um alimento nutritivo, do qual não necessitamos 4.000 a 5.000 cal/dia para viver. (…)
Não é a quantidade de calorias, mas o valor nutritivo do alimento que vale. O elevado valor biológico do alimento reconhecemos pela saúde das plantas. Planta sadia e em pleno vigor não é atacada por nenhuma doença ou praga. Um alimento biologicamente integral nutre o material e o espiritual das pessoas, garantindo uma era de saúde , paz e amizade. Por outro lado, o meio ambiente pode ser recuperado.
Não é a quantidade de calorias, mas o valor nutritivo do alimento que vale. O elevado valor biológico do alimento reconhecemos pela saúde das plantas. Planta sadia e em pleno vigor não é atacada por nenhuma doença ou praga. Um alimento biologicamente integral nutre o material e o espiritual das pessoas, garantindo uma era de saúde , paz e amizade. Por outro lado, o meio ambiente pode ser recuperado.
Reflorestando áreas estratégicas, produzimos em menor área mais alimentos. Além disso, com mais florestas, o clima fica mais estável com menos oscilações, as chuvas voltam com as matas e os rios caudalosos. A época de angústias terminará. A humanidade terá menos fortunas mirabolantes, mas bem estar para todos. (Ana Maria Primavesi. "Histórias de Vida e Agroecologia". Ed. Expressão Popular).
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Rotação de Culturas [Ana Maria Primavesi]
A rotação de culturas por si só já aumenta consideravelmente o rendimento dum terreno pelo seguinte:
o solo descansa com cultura diferente;
não é explorado unilateralmente
evita a erosão em grande escala
Em seguida uma leguminosa como adubação verde é bem recomendado.
Para levar avante uma lavoura rotativa, é necessário repartir o sítio ou fazenda em tantas partes iguais quantos forem os anos de demora da rotação. Geralmente faz-se a rotação de quatro ou seis anos. Assim, divide-se a propriedade em quatro ou seis partes iguais conforme for a rotação de quatro ou seis anos.
Cada parte recebe em cada ano uma cultura diferente da anterior segundo a rotação. Cada trecho receberá o trato adequado, a terra permanece fofa, uma pequena adubação química ajuda a manter as safras altas e a produção sempre será satisfatória.
Se, por exemplo, a rotação for de cinco anos, todas as cinco culturas serão plantadas sucessivamente na área 1 (ver desenho esquemático) e igualmente nas outras áreas, de modo que no fim dos cinco anos, a primeira cultura volta a ser plantada novamente.
Neste caso pode-se plantar, por exemplo:
Área 1 :
Ano 1 batatinhas mucuna como adubação verde;
Ano 2 algodão;
Ano 3 milho com soja intercalada para adubação verde;
Ano 4 fumo;
Ano 5 mandioca, batata-doce, amendoim, etc.
após os 5 anos, pode-se plantar:
arroz
batatinhas ou soja como adubação verde;
milho com soja intercalada ou milho com abóbora intercalada;
mandioca, girassol, etc.
feijão das águas,
mucuna como adubação verde.
Devem-se incluir numa rotação todas as culturas que se costume plantar na fazenda. Uma vantagem enorme da rotação é que o lavrador se torna apto a resistir às crises econômicas. Isso acontece não só devido ao rendimento mais elevado, mas especialmente por causa da pluralidade de sua agricultura.
Quando quiser incluir arroz numa rotação com milho e feijão, deve lembrar-se de que o milho é calcifólio, ao passo que o arroz é acidófilo mas gosta também de um pouco de cálcio. Podem aplicar uma calagem no milho e feijão pois lhes é muito conveniente. Plantando depois batatinhas e leguminosas de adubação verde, o pH já será adequado para o arroz. O arroz também não é hostil ao cálcio, é somente acidófilo, o que quer dizer: precisa de elementos raros em concentração. Então, como consequência, o lavrador deve aplicar adubação de manganês, magnésio, zinco, cobre, boro e ferro no seu arrozal quando aplicou cal.
O princípio de cada rotação é:
– uma cultura que recupere o solo;
– uma cultura exigente;
– uma cultura modesta que aproveite os adubos restantes mas não estrague demais a estrutura do solo.
É REGRA, CONTRA A QUAL NUNCA SE DEVE PECAR, O SEGUINTE: NUNCA PLANTAR DOIS CEREAIS EM SEGUIDA.
A seguir, uma listinha para ajudar a selecionar as culturas:
– Culturas que recuperam o solo:
soja
feijão fradinho
feijão-de-porco
tremoço
mucuna
guandu
alfafa, trifólio, etc.
crotalária.
– Culturas exigentes:
algodão
fumo
trigo
cana de açúcar
cevada
melancia
todas as verduras
arroz
– Culturas modestas:
milho e sorgo
centeio
batata doce
amendoim, feijão comum
mandioca
girassol
linho
batatinha
Sugiro, finalmente, as seguintes opções:
Ano 1: amendoim
Ano 2: arroz
Ano 3: soja com adubação verde,
Ano 4: batatinha
Ano 5; milho com feijão comum intercalado
ou
milho com alfafa
alfafa
verduras
mandioca
ou
melancia
mucuna para adubação verde ou com soja intercalada
milho com soja intercalada
feijão de fomento;
mucuna como adubação verde
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Manejos agroecológicos
Agricultura Natural
Agricultura Sintrópica
Biodinâmica
Permacultura
http://pt.wikipedia.org/wiki/Permacultura
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Agricultura Sintrópica de Götsch
"Uma tentativa culta de conseguir o necessário daquilo que precisamos para nos alimentarmos, além das outras matérias primas essenciais para nossa vida, sem a necessidade de diminuir e empobrecer a vida no lugar, na terra. Isto implica em considerarmos um gasto mínimo de energia, onde não cabe maquinaria pesada, agrotóxicos, fertilizantes químicos e outros adubos, trazidos de fora do sistema. A agricultura, dessa forma, passa a ser uma tentativa de harmonizar as atividades humanas com os processos naturais de vida, existentes em cada lugar que atuamos. Para conseguirmos isto é preciso que haja em nós mesmos uma mudança fundamental, uma mudança na nossa compreensão da vida".
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